Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano XCVI • N0 69
Poder Executivo
Recife, quinta-feira, 11 de abril de 2019
PM reabre sonhos
com a retomada
da equoterapia
FOTO: CABO ELTON C AMILO/PM
Serviço oferecido para os familiares de policiais com
necessidades especiais é mais uma atividade voltada
para melhorar a qualidade de vida da tropa.
U
ma solenidade marcou a reinauguração
do serviço de Equoterapia da Polícia Militar de
Pernambuco. O evento foi
realizado na última terça-feira
(9), na sede do Regimento de
Polícia Montada Dias Cardoso
(RPMon.) O programa oferece um método terapêutico que
utiliza cavalos para estimular
o desenvolvimento da mente e
do corpo de pessoas portadoras de necessidades especiais.
Essa ação é realizada pelo
Centro de Assistência Social
da PMPE (CAS), que tem a
finalidade de melhorar a qua-
lidade de vida dos integrantes
da PM, bem como dos seus
familiares que necessitam de
apoio terapêutico e biopsicossocial.
No evento, estiveram presentes várias autoridades civis
e militares, entre elas, o subcomandante geral da PMPE, coronel André Pessoa Cavalcanti, que ressaltou a importância
desse tipo de trabalho para
a corporação. “Nosso papel
é ajudar e nos importar com
todos, principalmente com
nossos policiais e seus dependentes. Portanto, a equoterapia
tem uma função primordial
nesse apoio que buscamos
oferecer. Sem dúvida, é um
projeto essencial para nossa
classe”, avaliou o coronel.
A equoterapia existe desde
1997, mas estava desativada
devido a problemas estruturais
do picadeiro e de doenças que
acometeram os cavalos. Com
a reinauguração, as famílias
de policiais militares com algum dependente portador de
alguma necessidade podem
inscrever no projeto. Além da
terapia com os animais, é disponibilizada uma equipe multidisciplinar composta por profissionais e técnicos nas áreas
MÉTODO estimula o desenvolvimento da mente e do corpo
de pessoas portadoras de necessidades especiais
de psicologia, fonoaudiologia, passeou com o apoio da equi- volta é imensa. Meu filho era
terapia ocupacional, assistên- pe de assistentes sociais e fi- criança quando iniciou essa
cia social e fisioterapeutas.
sioterapeutas, quando recebeu atividade aqui e, na época, não
Durante a solenidade, hou- estímulos e tratamentos espe- conseguia andar. Após 3 anos
ve uma pequena demonstra- cíficos para a sua coordenação de treinamento, ele saiu daqui
ção, para todos que estavam motora e desenvolvimento andando. Foi uma revolução
presentes, de como é realizado psicossocial. A mãe do Cris- muito grande na vida dele e eu
o serviço de equoterapia. Um tian, Tereza Cristina, falou só tenho a agradecer. Retornar
dos beneficiados pelo progra- bastante emocionada a respei- aqui e poder usufruir desse
ma e portador de necessidade to desse projeto e agradeceu trabalho novamente é gratifiespecial, Cristian Gabriel, de pelo empenho prestado. “A cante. Nada paga ver o sorriso
20 anos, subiu em um cavalo e emoção de ter esse trabalho de estampado no rosto dele”.
Começa a campanha de vacinação contra influenza
Teve início, ontem (10), a
Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que
pretende imunizar crianças de
6 meses a menores de 6 anos
(5 anos, 11 meses e 29 dias)
e gestantes. Esse público, primeiro dos grupos prioritários
a receber a imunização, deve
comparecer aos postos de
saúde munido da caderneta de
vacinação, já que, neste ano,
os profissionais de saúde irão
analisar o documento para verificar se é preciso fazer alguma dose de outro imunizante.
Entre os dias 22/04 e
31/05, a vacinação será voltada para todos os grupos
prioritários, formados, além
das crianças e gestantes, por
idosos (60 anos ou mais),
puérperas (até 45 dias após o
parto), trabalhadores da saú-
de, professores das escolas
públicas e privadas e povos
indígenas. A campanha ainda contempla portadores de
doenças crônicas não transmissíveis e outras condições
clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos
de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
Ao todo, são 2.598.158 pernambucanos aptos a tomar
a vacina. Isso significa um
aumento de mais de 143
mil pessoas em relação ao
ano passado, já que houve
ampliação na faixa etária de
crianças (anteriormente, era
até menores de 5).
Em 2018, Pernambuco
conseguiu vacinar 101,9%
do público da campanha. De
FOTO: MIVA FILHO/SES
OBJETIVO é imunizar crianças de 6 meses
a menores de 6 anos e gestantes
todos os grupos prioritários,
só não foi alcançada a meta
mínima de crianças (89,8%)
– em todo o país, apenas dois
Estados (Amapá e Goiás)
atingiram cobertura igual ou
superior a 90%. “Este ano,
temos mais crianças a vacinar, por isso será essencial
a mobilização dos gestores
públicos na criação de estratégias para chegar até a essa
população. Precisamos reforçar também com os pais
e responsáveis a importância
da vacina, que começa a dar
proteção em duas ou três semanas após a imunização”,
destaca a coordenadora do
Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual
de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. Ela ainda lembra
que crianças não vacinadas
em anos anteriores devem
tomar duas doses da vacina,
com um intervalo de 1 mês
entre elas. As que já fizeram
esquemas anteriores e os demais públicos devem tomar
apenas uma dose.
A vacina, produzida pelo
Instituto Butantan, dá proteção
contra três vírus da influenza – A(H1N1), A(H3N2) e
B – e reduz as complicações,
as internações e a mortalidade decorrentes das infecções
pelo vírus da influenza na população alvo. O Ministério da
Saúde (MS) orienta que, em
caso de doenças febris agudas,
moderadas ou graves, deve se
adiar a vacinação até a resolução do quadro, para evitar que
se atribua à vacinação as manifestações da doença.
Em caso de alergia ao
ovo (pessoas que apresentam
urticária), não há contra-indicação. Mas em quadros
clínicos específicos, como
alergia grave, é importante
que a imunização seja feita
em ambiente adequado (local
com urgência e emergência) e
supervisão de profissional de
saúde que possa prestar atendimento em caso de alguma
reação alérgica. Para os portadores de doenças crônicas
não transmissíveis e outras
condições clínicas especiais,
o MS orienta a prescrição médica, a ser apresentada no ato
da imunização.
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